A Viciada

Uma amiga deixou no texto abaixo um comentário que não preciso mais falar como se eu ainda fosse uma pecadora, e o que respondo a ele é que estou tentando expressar o máximo como era o meu pensamento em relação a Deus. Algumas pessoas acham que mudei da noite pro dia e este texto é justamente para explicar como essa mudança aconteceu em mim e como parei.

Eu era uma viciada, viciada no pecado, escrava dele, mas só descobri isso quando quis parar, quando me entreguei a Cristo. Pode até parecer ridículo, mas o principal motivo de eu não querer me entregar a Deus era o amor pelo pecado, o vício do pecado. Entreguei-me a Deus, mas não me desliguei do pecado, não conseguia parar, dizia agora não faço mais e continuava.

As minhas atitudes me entristeciam, pois diferente de antes eu queria estar totalmente ligada a Deus, ser totalmente usada por Ele. Quando ia à igreja eu sentia uma presença muito forte, e quando saia de lá, fazia as mesmas coisas de antes. Bebia e muito, muito mesmo com os meus amigos. Bebia pra ficar muito louca mesmo sabe, e ficava, mas hoje eu estou embriagada pelo Espírito Santo de Deus e estou completamente viciada Nele.

“Pois a tristeza que é causada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; E nisso não há motivo para alguém ficar triste. Mas as tristezas deste mundo produzem a morte. Vocês suportaram a tristeza da maneira que agrada a Deus.”

2 coríntios 7:10-11a

Todas as vezes que falava: “agora eu não faço mais”, sempre aparecia uma pessoa que eu gostava de ficar, ou aquela amiga que eu não via a um tempão e que me chamava para uma balada, ou tinha aquela festa, que ia ser a festa, daquelas que só tem uma por ano e eu ia. Bom, então pra quem acha que foi fácil, não foi. Pensei até em desistir, e comecei a pensar que eu havia sido feita para o pecado, porque todas as vezes eu me decidia não fazer mais eu não conseguia parar.

Eu não conseguia me arrepender, pois ia a igreja chorava, chorava, mas, continuava a pecar. Descobri que o que eu sentia não era arrependimento genuíno, remorso. Porque quando há arrependimento, não se repete o mesmo erro. Eu dizia a Deus que eu queria ter o arrependimento verdadeiro, daqueles doem dentro da gente, eu queria sentir dor. E eu sempre dizia ao pastor que tava muito difícil, não conseguia mudar, e ele me disse que aquilo era um processo e a gente não pode pular as etapas e temos que passar por todas. Meu Deus que processo difícil!!!

“Os senhores crucificaram Jesus, mas o Deus dos nossos antepassados o ressuscitou. E Deus o colocou à sua direita como Líder e Salvador, para dar ao povo de Israel oportunidade de se arrepender e receber o perdão dos seus pecados. Nós somos testemunhas de tudo isso – nós e o Espírito Santo, que Deus dá aos que lhe obedecem.”

Atos 5:30-32

Deus provocou em mim o arrependimento genuíno, e eu simplesmente perdi a vontade de pecar contra Deus. Quem ama não trai. Quem não quer machucar, magoar o amado. E eu amo tanto, mas tanto a Deus, que não quero nunca mais magoá-lo. E hoje posso ver a glória de Deus na minha vida e isso é muito bom, é maravilhoso.

Ele me curou, me transformou de viciada pecadora em filha. E não pensem que eu estou escrevendo essas coisas porque estou vivendo um mar de rosas, negativo. Eu estou passando por uma luta terrível, mas o meu Deus não me deixa faltar nada, e eu simplesmente agradeço, pois, quando eu penso que vai faltar algo Ele já providenciou. E eu estou aprendendo, a amar cada dia mais e mais a este Deus.

“Tens transformado meu pranto em festa, tens transformado minha tristeza em alegria.”